O cearense, principal desafeto de Eduardo Campos, ocupará a vaga de Alexandre Padilha, que iniciará a campanha para o Governo de São Paulo
A presidente Dilma Rousseff (PT) já teria escolhido o nome do futuro ministro da Saúde, que ocupará o cargo após a reforma ministerial programada para janeiro de 2014. De acordo com Ilimar Franco, de O Globo, o cearense e principal desafeto de Eduardo Campos (PSB), Ciro Gomes (Pros) ocupará a vaga de Alexandre Padilha, que iniciará a campanha para o Governo de São Paulo.
Na avaliação dos petistas, o nome mais indicado para assumir o posto seria do ex-vereador do Recife, Mozart Sales, hoje secretário-executivo do Ministério. No entanto, Ciro, atual secretário de saúde do Ceará, venceu a concorrência por estar mais preparado para enfrentar o debate político com a oposição em ano eleitoral.
O curioso é que há três meses, Ciro criticou o principal programa do Governo Dilma – o Mais Médicos. “No que pese, o Mais Médicos tem sido mal anunciado e mal empacotado. Mas isso era uma opinião antiga. Agora eu acho um excelente programa e necessário para socorrer a todos os brasileiros”, disse.
A relação de Ciro com a classe médica é marcada pelo conflito. Quando era governador do Ceará, o futuro ministro da saúde enfrentou uma grave crise de médicos – chegando a declarar que “médico era igual a sal: branco, barato e tinha em todo lugar”. A respeito do boicote do Ceará à contratação de médicos cubanos, Ciro também chegou a se desculpar. “Desde já peço desculpas pelo povo cearense ao que meia dúzia da elite fez com eles [os cubanos], vaiando e hostilizando”.
Na época, representantes do Sindicato dos Médicos receberam os estrangeiros no desembarque com gritos de “escravos” e “voltem para a senzala”.