Parceria deverá ser mantida para o pleito de 2014 (Foto: Hesíodo Goes) |
Apesar de toda a discussão interna que o PT ensaia sobre o lançamento de uma candidatura própria ao Governo do Estado, deverá prevalecer no partido a aliança com a postulação do senador Armando Monteiro Filho (PTB). A tal construção de dois palanques para a presidente Dilma Rousseff (PT), como fora ventilada, é observada por alguns petistas e petebistas como o reconhecimento de que eles partirão atrás do nome, independente de quem seja, a ser indicado pelo governador Eduardo Campos (PSB) para a sucessão estadual.
Essa posição, para esse bloco, seria propiciada justamente pela divisão da força de uma parceria que poderá contar com quase metade do tempo de rádio e TV na propaganda oficial, além de um número expressivo de veiculações de inserções ao longo do dia. Separados, PT e PTB não chegariam a seis minutos cada. Juntos, essa conta pula para mais de 10′.
Há também a leitura de que a união entre petebistas e petistas poderia promover a criação de uma frente partidária em contraponto à Frente Popular de Pernambuco, liderada por Eduardo. Além de PTB e PT, são contabilizados nessa aliança o PP, o recém-criado PROS e o PSC.
Partidos menores como o PHS e o PSDC, que se aliaram à candidatura do senador Humberto Costa no Recife, no ano passado, também poderiam ser incorporados. A relação dessas siglas com o PT foi mantida após o pleito.
No entanto, esse cenário só deverá ficar mais claro após a realização do Processo de Eleição Direta (PED) do PT. A eleição interna, que será realizada no dia 10 deste mês, definirá a direção estadual do partido. Caso o militante Bruno Ribeiro saia vencer do pleito, a aliança PTB e PT estará praticamente firmada. Ele é ligado ao senador Humberto. Na possibilidade de a deputada estadual Teresa Leitão ganhar, a discussão da candidatura própria voltará à baila.
Vale lembrar, contudo, que a forma como o PT disputará a eleição de 2014 em Pernambuco não será só discutida no Estado. Por se tratar da “casa” do governador Eduardo Campos, que provavelmente estará na briga pelo Palácio do Planalto contra a presidente Dilma Rousseff, o comando nacional petista (leia-se o ex-presidente Lula) será decisivo na construção da estratégia que será adotada. E, no próximo dia 23, o cacique-mor do PT já se reunirá com o senador Armando Monteiro Neto para discutir eleição. Um indicativo claro da preferência do ex-chefe de Estado. Vamos aguardar!