Vereadores denunciam sumiço de 200 sacos de cimento do depósito da Prefeitura de Vitória

Insatisfeitos com a postura silenciadora do chefe do Executivo, a sessão foi palco de vários recados ao gestor. Nesta sessão ordinária da quinta-feira (26), precisamente seis projetos de Leis entraram na pauta da Câmara Municipal da Vitória de Santo Antão. Destes, dois são oriundos do Poder Executivo e os demais de autoria do Legislativo.
Em pronunciamento, o vereador Dr. Saulo Albuquerque (PSB) comentou sobre a precariedade no atendimento dos Postos de Saúde do Bairro do Iraque e adjacências, que terminam recorrendo ao atendimento do Hospital João Murilo de Oliveira. Para ele, os moradores sofrem com a falta de assistência em Saúde na medida em que o Hospital também não assegura um bom atendimento. Ainda, através de Requerimento Verbal registra um Voto de Aplauso a Severina Moura – presidente da Academia Vitoriense de Letras, pela atuação à frente da entidade.
Em seguida, Bau Nogueira (PSD) registra um Voto de Pesar pelo falecimento do Tabelião João Valois, do Cartório de Notas e Ofício nesta cidade. “Uma pessoa simples, sincera e confiável”, descreveu. Durante a sessão, o presidente da Câmara, Prof. Edmo Neves (PMN), registrou também um Voto de Pesar pelo falecimento da mãe do ex-vereador Ramos de Natuba.

Por sua vez, o vereador Toninho (PR) repercutiu a ausência de uma melhor articulação política por parte do Governo Elias Lira (PSD). O parlamentar registrou sua insatisfação com alguns dos secretários que compõe o governo quando segundo ele, afirmam que no Executivo os vereadores não têm vez. “Está exercendo a vereança é muito difícil em razão de nossa limitação executiva. Você quer fazer as coisas, realizar um bom trabalho, mas é impedido. Os poderes não são harmoniosos, o que mim deixa triste em ser vereador”, desabafou na Tribuna da Casa.
Em aparte, o Secretário da Casa Edvaldo Bione (sem partido), se solidarizou com Toninho alertando que a postura intransigente dos Secretários ventilados, pelo fato de serem subordinados ao prefeito, termina reproduzindo o que o Chefe do Executivo determina. “Os subordinados têm o aval do superior. Se Elias Lira não toma conhecimento destas infelizes atitudes, se não sabe, deve saber”, retrucou Bione.
“Estamos assistindo inúmeros desmandos na Prefeitura da Vitória de Santo Antão, alguns inclusive denunciados nesta Casa, porém sem nenhuma atitude do prefeito. Recentemente, 200 sacos de cimento desapareceram do depósito da Prefeitura e ficou por isso mesmo”, registraram. Complementando os posicionamentos de seus pares, Dr. Saulo lembrou que “nós vereadores temos o poder de resposta, basta usarmos”.
Endossando as falas de Toninho e Bione, o vereador Sandro da Banca (PTC) reclamou na Tribuna de que a Prefeitura não atende as mínimas coisas. Citou que quando exercia a vereança interinamente na legislatura passada teve o nome de sua mãe aprovado para designar a Ponte do Alto do Amparo, porém a ponte foi restaurada e o seu nome nem foi citado e nem sequer convidado para o ato de inauguração realizado pelo Prefeito Elias Lira.
Para o vereador Danda da Feijoada (PR) o município de Vitória presencia hoje uma elite que concentra o poder político e desdenha de seus aliados. “Quem tem poder hoje é o prefeito e um grupo de secretários inacessíveis”, refletiu Danda. Para ele, os investimentos orçamentários precisam ser revistos, na medida em que as coisas pequenas que atendem as necessidades urbanas da população possam ter solução. O vereador reforça suas denúncias do precário estado em que se encontra o Cibrazém, a imobilidade do Centro Comercial vitoriense e o trânsito caótico que estimula multas injustificadas junto aos veículos que estacionam no Centro da cidade.
Danda consegue apoio dos vereadores para agendar uma audiência com o prefeito Elias Lira a fim de cobrá-lo de algumas medidas.

Informações da Câmara da Vitória