A reunião entre o PPS e PMN não deverá mais sair. Pós-comunistas e mobilizadores estão batendo cabeça sobre o processo que levaria à fusão entre as duas siglas. Há a informação de bastidor que o comando do PPS quer esperar o resultado da consulta feita pelo PSD ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) José Dias Toffoli sobre o caráter da junção das siglas, enquanto os dirigentes PMN desejam sacramentar desde já o nascimento da Mobilização Democrática (MD).
O grande receio dos pós-comunistas é o de que o ministro do Supremo indique que a junção das duas legendas não resulte em uma nova legenda, o que inviabilizaria a chamada janela partidária que possibilitaria a migração de detentores de mandato sem a perda dos respectivos.
O comando do PPS teme que essa possibilidade deixe muitos parlamentares perdidos. Alguns poderiam sair de suas atuais legendas e não terem para onde ir. Essa insegurança jurídica ainda sugere que os dois partidos, PMN e PPS, possam ficar ainda menor. Sem a MD, muitos pós-comunistas e mobilizadores poderiam perder o interesse em seguir em suas atuais siglas.
Já o PMN aposta que, caso não realize a fusão neste momento, a MD poderá nascer tardia demais sem o poder de atração de nomes representativos, como o ex-governador de São Paulo José Serra, atualmente no PSDB.