O presidente estadual do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e membro da Executiva Nacional da legenda, Edilson Silva, esteve na Rádio Tabocas FM (98,5), concedendo entrevista na manhã desta quarta-feira (29), no Programa A Voz da Vitória, conduzido por Lissandro Nascimento, abordando as intenções do partido para as eleições 2014. Além da entrevista, a vinda do socialista a Vitória de Santo Antão deu-se por conta da mobilização que faz junto ao partido, na perspectiva de expandir a legenda para o interior de Pernambuco.
Terceiro mais votado para vereador em Recife, Edilson Silva não conseguiu se eleger, devido ao quociente eleitoral, apesar de ter alcançado 13 mil votos. Ainda assim, ele considera que o partido saiu fortalecido nas eleições municipais de 2012 e, em visita a Vitória, confirmou a criação da sigla no Município, formalizando o empreendedor vitoriense Helder Sóstenes como presidente local.
Para ele, o PSOL/PE está presente em 54 cidades, com mais de 1.800 filiações. “A estratégia do partido é manter-se em outras cidades, além de Vitória de Santo Antão, garantindo a organização estadual da legenda”, disse Edilson. Uma grande preocupação levantada por ele foi a respeito do governo Eduardo Campos (PSB), no qual afirmou que o desenvolvimento do Estado não depende apenas do setor econômico, mas sim da igualdade social, reafirmando sua postura de oposição. “Nós temos uma preocupação com a compatibilização do crescimento econômico com o desenvolvimento social. É preciso que em Pernambuco e no Brasil, o bom andamento da economia ande no mesmo passo com os indicadores sociais”, avaliou.
No decorrer da entrevista, Edilson Silva pontuou os frequentes problemas de uma gestão pública, fugindo do foco no tocante a problemas visíveis, mas detalhando os problemas que fogem dos olhos das sociedades, como por exemplo, o mau uso dos recursos destinados à Saúde, Educação, Urbanização e demais áreas sociais, equiparado à qualidade do gasto.
“Quando o dinheiro público não tem destinação correta, a grande parte do problema afeta em cheio a sociedade, que posteriormente sofre as consequências de uma gestão conturbada e sem foco na sociedade. O Governo por sua vez, tem o dever de fiscalizar e ordenar que os prefeitos tenham um compromisso fiscal com os valores repassados”, lembrou.
Perguntado sobre o projeto para 2014, a respeito da formação de alianças, Edilson afirmou que as que já existem continuam, mesmo por ser um partido de característica unificada. Para o socialista, as alianças existentes não podem ser incoerentes até o ponto de vetar a filosofia do partido. Segundo o entendimento da sigla, Pernambuco tem uma concentração muito grande de blocos de poder, os quais acabam se vinculando aos pequenos partidos e acabam corrompendo a ideologia política. “Nossa insistência está dando certo. Não iremos morrer pela pressa, pois não temos uma política profissional, feita para ganhar dinheiro, mas sim para construir uma sociedade junto com a população”, finalizou Edilson Silva.Pernambuco, movimento de luta político-ecológica que tem se dedicado a pautar o crescimento econômico do Estado com responsabilidade sócio ambiental, destacando nesta luta a questão do Código Florestal, os impactos sócio-ambientais do crescimento na região de Suape, a resistência contra a instalação de usinas nucleares em Itacuruba e a luta pela racionalidade na ocupação do espaço urbano da Região Metropolitana do Recife. Graduado em Direito, atualmente Silva trabalha assessorando entidades sindicais.