História da Associação Carnavalesca Papa-Léguas

Era terça-feira, ano 2000, em Vitória de Santo Antão,  e dois amigos Otavio Santos e Miguel Valença já embalados nos festejos de Momo desde cedo, aguardavam, com muita paciência, a próxima atração, um bloco puxado por uma banda, em cima de um trio elétrico, com cordão de isolamento, roupa padronizada e outras coisas mais, e que já estava com mais de duas horas de atraso. 


Piadas, comentários e criticas pelo adiantar  das horas, eis que por sorte, surge, bem tranqüilo o presidente da agremiação, que questionado,  disse que  “o atraso faz bem a folia, pois alimenta  o desejo do folião”. Argüido por Otavio, se esta postura não era incorreta para com os foliões, e o referido presidente, se achando ofendido com o questionamento de forma bem grosseira, exclamou “se por acaso estão achando ruim, coloquem um bloco na rua, o meu é assim…”. Então, Miguel de pronto, tomou a defesa e afirmou, “no dia em que tivermos um bloco, faremos o possível para na hora marcada tomar as ruas em respeito aos foliões, pontuais e rápidos como um Papa-léguas”.

Desde a criação, o Bloco se tornou sucesso, trazendo a cada ano um número maior de foliões às ruas de Vitória de Santo Antão.