O governador Eduardo Campos (PSB) anda conquistando a simpatia da mídia das regiões Sul e Sudeste. Na edição desta semana da Revista Época, das Organizações Globo, o socialista foi destaque em duas capas diferentes.
Em edições específicas, uma nacional e outra direcionada exclusivamente ao estado de Pernambuco, o socialista é apresentado como o “governador mais popular do país”. A capa pernambucana da revista foi um verdadeiro sucesso. Leitores, neste final semana, comentavam na redes sociais que os exemplares já tinham se esgotado nas principais bancas de revistas da capital.
Em edições específicas, uma nacional e outra direcionada exclusivamente ao estado de Pernambuco, o socialista é apresentado como o “governador mais popular do país”. A capa pernambucana da revista foi um verdadeiro sucesso. Leitores, neste final semana, comentavam na redes sociais que os exemplares já tinham se esgotado nas principais bancas de revistas da capital.
A matéria do repórter Luiz Maklouf faz um perfil político e, digamos, até pessoal do gestor socialista. No texto, são valorizados aspectos físicos e pessoais de Campos, como sua “beleza variante”, a “sedução” que exerce sobre interlocutores e, claro, seus “olhos verdes marcantes”. O texto também faz uma brincadeira com supostos adversários do governador, a exemplo do ex-governador Mendonça Filho (DEM), que briga pela liderança da oposição no estado, e o senador Humberto Costa (PT), braço direito do ex-presidente Lula em Pernambuco.
Mas, apesar de todas as qualidades pessoais e físicas, a reportagem instiga o governador a responder uma crítica expressa de seus oponentes: a pecha de coronel, de imperador. A reportagem menciona outra publicação, desta vez, a revista The Economist, que em reportagem recente também registrou o lado dinâmico do governador pernambucano, que tem uma aprovação de 89% dos eleitores. “O senhor leva mesmo um jeitão de coronel…”, instiga o repórter.
Segundo a publicação, Eduardo não esconde o desconforto ao responder o questionamento. Leva a cadeira para a frente e para trás, dá uma brusca freada de general e dispara: “Isso só acontece quando alguém nasce por aqui. Nunca vi um rótulo desses num político carioca, paulista ou mineiro. Então lamento, porque é uma coisa desqualificando. Que maneira tenho de botar ordem aqui? ‘É um coronel.’ Tá bom. (Falar) é um direito (deles). Fazer o quê?”, defende o socialista.
A publicação também remete ao contexto eleitoral e projeta o governador como um dos favoritos na corrida presidencial da eleição de 2014. Eduardo Campos, em entrevista à Época, ainda no final de 2012, chegou a afirmar que apoiaria o projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Mas, a publicação coloca o socialista no páreo. Alguns possíveis cenários são levantados, como uma possível participação de Eduardo Campos num ministério de projeção em um novo mandato da petista.
“Antes da eleição municipal de Pernambuco, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava disposto a costurar sua candidatura a vice, já em 2014. Depois que Campos praticamente humilhou o PT, ao lançar candidato próprio à prefeitura do Recife – e vencer –, Lula e Dilma sabem que ficou mais difícil. O desejo de ambos é mantê-lo na canoa para, quem sabe?, um voo solo em 2018. Ser ministro de Dilma reeleita, em Pasta de visibilidade, é uma possibilidade”, analisa a publicação.