ABASTECIMENTO: O novo projeto da Compesa vai atender a demanda futura dos empreendimentos em implantação no município. Investimento será de R$ 43 milhões.
A Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) vai fazer uma adutora de 27,5 quilômetros de extensão para levar a água da Barragem de Tapacurá até Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata. O município está recebendo várias empresas, incluindo algumas que já estão em operação, como a Kraft Foods e a Sadia. Um dos fatores que contribuíram para a decisão de implantar o projeto foi atender a futura demanda dos novos empreendimentos. O investimento será de R$ 43 milhões.
“Uma indústria quando chega traz mais gente, aumenta a demanda pela água e isso justifica ainda mais a implantação desse projeto”, comentou o presidente da estatal, Roberto Tavares. Quando a adutora entrar em operação, vai acabar com o racionamento de água naquela cidade.
A nova adutora vai acrescentar 300 litros por segundo no sistema de abastecimento de Vitória de Santo Antão, que atualmente produz 160 litros por segundo. Somente para o leitor ter uma ideia, uma empresa do porte da Sadia consome entre nove e 15 litros por segundo. Pelos cálculos da Compesa, a nova adutora vai suprir o abastecimento da cidade pelos próximos 20 anos.
“Com Pirapama funcionando, a água da Barragem de Tapacurá tem condições de ser retirada para fornecer a população de Vitória”, comentou Tavares. A Estação de Tratamento de Tapacurá (ETA) continuará produzindo 4 mil litros por segundo para o abastecimento de água no Grande Recife.
Hoje, o abastecimento de Vitória é feito via duas captações feitas pela Compesa. Uma no Rio Jaboatão e a outra no Riacho Águas Claras, afluente do Rio Amaraji.
Além da implantação da adutora, a Compesa vai fazer uma rearrumação da rede de distribuição de água de Vitória com a finalidade de diminuir o desperdício da água tratada.
A expectativa da Compesa é iniciar as obras da nova adutora até dezembro. O empreendimento vai beneficiar 190 mil pessoas. A adutora vai reforçar o abastecimento do distrito de Bonança, em Moreno, e de Pombos.
Serão realizadas duas licitações, uma para a realização das obras e outra para comprar os tubos. A licitação da obra foi iniciada e sete empresas estão concorrendo. A concorrência para a compra dos tubos deve ter o seu edital lançado até o começo da próxima semana, segundo Tavares.
Dos R$ 43 milhões a serem gastos, R$ 17 milhões vão ser empregados na compra de tubos. Ainda sobre os recursos, R$ 16 milhões foram emprestados ao Estado pelo Banco Mundial e o restante sairá do Ministério da Integração Nacional. Atualmente, Vitória de Santo Antão tem o racionamento no fornecimento de água com um rodízio de três dias de abastecimento para 13 a 15 dias sem. Nas áreas mais baixas da cidade, a entrega ocorre com um intervalo de nove dias.
Do Jornal do Commercio