O Espaço Ciência, localizado na divisa entre Recife e Olinda, irá inaugurar, em agosto, a exposição Nanoexplora, sobre o incrível mundo da nanotecnologia. O acesso será inteiramente gratuito.
De acordo com o diretor do local, Antonio Carlos Pavão, entre as atrações, estará um nanotubo gigante, onde os visitantes poderão passear e conhecer a estrutura por dentro; um giroscópio em formato de fulereno (uma das forma alotrópicas do Carbono), em que a pessoa poderá sentir como é ficar aprisionado na estrutura molecular; e um microscópio de tunelamento, com capacidade de ampliação de até um bilhão de vezes.
A nanotecnologia é um universo que tem permitido a ruptura de paradigmas associada a novas aplicações. É uma tecnologia que permite ver e explorar a matéria em escala atômica. Um nanômetro equivale a 10 -9 metros. É o mesmo que dizer que um bilhão de nanômetros equivalem a um metro. Para se ter noção do quão pequeno isso é, um nanômetro é 50 mil vezes menor que o diâmetro de um fio de cabelo.
“No tempo que se leva para pegar um barbeador da pia até o rosto, a barba de um homem terá crescido um nanômetro”, camparou o professor do departamento de química da Universidade Federal de Pernambuco Petrus D’amorim Santa Cruz.
Em palestra no palco Galileu na Campus Party deste domingo (29), ele mostou alguns produtos que já utilizam nanotecnologia (alguns ainda nem estão no mercado): teste de gravidez, em que há nanopartículas de ouro ligadas a anticorpos; absorvente feminino biodegradável, que usa nanopartículas de prata; canetas esferográficas com rugosidade ideal para que a tinta seja transportada perfeitamente para o papel evitando entupimentos; spray para evitar odores nos pés, com nanopartículas de prata; além de display flexível.
A exposição Nanoexplora ficará em cartaz durante um ano no Espaço Ciência. O local fica aberto diariamente das 8h às 12h e das 13h às 17 e, nos fins de semana, das 13h30 às 17h.
Do JC Online