Do A Voz da Vitória
Com informações do JC online
O Matadouro Público da Vitória, ultimamente vem sendo motivo de muita polêmica na cidade, e por isso não cansamos de ouvir a imprensa local citando insistentemente que o mesmo irá fechar suas portas. Se isso ocorrer, diversos empregados diretos e indiretos, perderão seus respectivos empregos, o que se caracteriza mais uma polêmica. Na verdade, o matadouro Público não está ecologicamente regularizado, poluindo o rio com dejetos de animais mortos, o que está preocupando a Companhia Pernambucana de Recursos Hídricos (CPRH), que com seus técnicos fizeram uma visita ao local, na última segunda-feira (28).
O rio está sendo poluído por sangue e dejetos de bois escoados do Matadouro Público da cidade. A situação se agrava com a criação de porcos pelos moradores da área. Preocupados com o estado de poluição do rio – um dos principais mananciais que abastece o grande Recife.
A Prefeitura da Vitória já havia sido autuada, há um mês, com uma multa de R$ 1.500,00, além de ter sido intimada a tomar providências para melhorar as condições de higiene em torno do matadouro. O trabalho começou com a retirada das pocilgas que estavam instaladas às margens do Itapacurá e a construção de dois poços e uma esterqueira, local que será usado para comportar o líquido até que os dejetos sejam decantados para que o índice de poluição diminua. “Assim a água que vai ser jogada no Itapacurá estará com menos impurezas, diminuindo os gastos com um tratamento posterior”, comentou o diretor de controle ambiental da CPRH, Geraldo Miranda.
Enquanto os poços não estão prontos, o sangue dos bois é cozido para servir de alimento aos porcos. Os resíduos estão sendo jogados no rio, mas Miranda acredita que os funcionários do matadouro estão mais cuidadosos antes de lançar os dejetos. “Foi a maneira encontrada para não parar com as atividades do local, pois são abatidos entre 200 e 250 bois por semana”.
Segundo Geraldo Miranda, a cidade só tem 30% de esgotamento sanitário, o que ajuda a aumentar a poluição do rio. Para monitorar a qualidade da água, a CPRH já havia instalado dois pontos de coleta do líquido, mas depois da constatação do grau de poluição na área a empresa resolveu instalar mais três coletores. “Agora poderemos comparar o índice de poluição antes e depois das mudanças que estão sendo adotadas pela prefeitura”, ressaltou a fiscal da CPRH, Sueli Ferreir.