Clássico Elias e Aglailson deve se repetir

Do A Voz da Vitória


Tanto Elias quanto Aglailson continuam com forte aparato partidário, o que dificulta a possibilidade de uma terceira via chegar ao poder em Vitória de Santo Antão.


O fim do prazo de filiação partidária encerrada na última sexta-feira alterou a correlação de forças para as eleições 2012 em Vitória de Santo Antão. Mesmo com a possibilidade do quadro político se modificar até junho 2012, prazo final para oficialização das candidaturas, a cadeira de Prefeito do mais importante município da Zona da Mata do Estado não contará com maiores novidades. Tudo em razão das principais lideranças políticas de Pernambuco e da cidade estarem comprometidas com as duas principais lideranças políticas de Vitória – Elias Lira e José Aglailson – ambos disputam o poder local com seus respectivos grupos políticos há três décadas.


Apesar da significativa rejeição e de um governo ainda tímido, o Prefeito Elias Lira mantem simplesmente dez partidos políticos na base de sustentação política do seu governo. Somado ao fato de ter migrado para o recente PSD, pelo qual inviabiliza a visita do Governador Eduardo Campos (PSB) no próximo ano, tudo em razão do PSD, através do ex-deputado André de Paula fazer parte da base política do socialista. Dificilmente Campos virá a Vitória, pois não iria se indispor em ter que escolher entre Elias e Aglailson. Valendo frisar que nenhum político da cidade faz oposição ao Governo do Estado. Além de tudo indicar que o deputado Henrique Queiroz (PR) deverá manter o nome do seu filho, Henrique Filho, como vice-prefeito de Lira. Queiroz transferiu o seu domicílio eleitoral para a cidade de Passira (Agreste), a fim de disputar a prefeitura de lá.


Elias Lira conta na sua base política com o PSD, DEM, PSC de Cadoca, PDT de João Lyra Neto, PMDB do grupo PITU, PR de Inocêncio Oliveira, PPS de Raul Jungmann, além do PMN, PRTB, PTN e PSDC.


Com sete partidos políticos já confirmados com o ex-prefeito José Aglaílson, deixa o presidente da Câmara em uma situação confortável, pois detém o PSB de Eduardo Campos, PTB do senador Armando Monteiro Neto, PSDB do deputado Sérgio Guerra, PRB do deputado Federal Vilalba, além do PTC, PSL e PHS. A legenda PTC, dirigida pelo ex-vereador Moacir da Mandioca, é a que dispõe de melhores condições no palanque de Aglaílson para a disputa das 15 vagas para a Câmara de Vereadores, com nomes competitivos e já testados nas urnas de Vitória.


Construindo a possibilidade de uma terceira via estão os pré-candidatos a prefeito Madiael Leal, conhecido por Irmão Madi, filiado ao PP do deputado Federal Eduardo da Fonte, o qual conta com a simpatia do público evangélico. Além de Jaílton Albuquerque pelo PT, o empresário Zé da Juliana Móveis pelo PV, estando a definir sua posição o PCdoB e o empresário Antônio de Lemos pelo PTdoB. Lemos caminha para uma possível composição com o prefeito Elias Lira. Por fim, o contabilista Gilvan Leonel que disputou sem sucesso pelo PDT a Prefeitura nas eleições de 2008, retirou-se da legenda após a entrada de Paulo Roberto. O Presidente da FACOL e do Vitória ingressou no PDT juntamente com o seu irmão, o vereador Everaldo Arruda, a convite do vice-governador João Lyra Neto. Diante do fato, Gilvan Leonel optou de última hora ingressar nas fileiras do PV.