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Pernambuco terá estrutura para abastecer veículos elétricos

Será possível sair do Recife até cinco outras capitais nordestina utilizando carro elétrico. O primeiro corredor de mobilidade elétrica do Nordeste está sendo desenvolvido pela Neoenergia, empresa que controla a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), e será o maior do Brasil quando concluído, no final do primeiro semestre de 2021. Irá conectar as capitais Recife (PE), Salvador (BA), Natal (RN), Aracaju (SE), Maceió (AL) e João Pessoa (PB). O Corredor Verde é resultado de um projeto de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), regulado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e faz parte do Programa de Mobilidade Elétrica da Neoenergia, que integra planos da companhia em investir no estímulo de utilização de veículos elétricos e no processo de descarbonização da economia. O projeto terá mais de 1.100 quilômetros de extensão e uma estrutura que contará com 18 pontos de abastecimento ao longo das vias que ligam os estados e em áreas urbanas. Em Pernambuco, serão instalados quatro eletropostos de abastecimento em três municípios ainda no primeiros semestre de 2021. A previsão é que sejam um na cidade de Escada, na Zona da Mata Sul, um em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, e dois em shopping do Recife.

A primeira fase foi iniciada neste mês em Salvador e compreende a avaliação de desempenho dos carros elétricos em rotas urbanas com propostas de abertura dos eletropostos ao público. Experimentalmente, existem seis veículos elétricos e híbridos percorrendo diversos trechos de Salvador. Esse período inicial é essencial para avaliar a autonomia dos automóveis, desempenho em situações cotidianas e definição de ajustes e melhorias. Os demais eletropostos serão entregues gradualmente até o final do primeiro semestre de 2021. Após concluído, o Corredor Verde deve abranger seis dos nove estados do Nordeste, passando por 70 municípios e contribuindo para que milhares de pessoas possam aderir à mobilidade elétrica de forma mais sustentável.  

Ao total, o Corredor Verde contará com 18 pontos de recarga. Desse número, 12 estarão ao longo das vias que conectam as seis capitais no formato SuperChargers, o que permite uma carga rápida – cerca de 30 minutos – e dois veículos sendo carregados ao mesmo tempo. Os demais eletropostos serão do tipo Wallbox, que possuem carga média e serão instalados em áreas urbanas e shoppings, com capacidade para um veículo por vez.  

“Esse é um importante desafio para a Neoenergia, pois iremos elaborar um modelo de negócio para viabilização e funcionalidade do Corredor Verde. Reconhecemos a importância de garantir o desenvolvimento sustentável através de medidas voltadas ao combate das mudanças climáticas e o investimento em mobilidade elétrica faz parte desse compromisso. Afinal, o uso do carro elétrico diminui a emissão de gases de efeito estufa, contribuindo para a descarbonização do planeta. Estudamos, ainda, associar as estações de recarga com energia solar, uma importante fonte renovável e não poluente”, declara o gerente corporativo de Pesquisa e Desenvolvimento da Neoenergia, José Brito.  

Além do benefício ambiental, o carro movido a eletricidade possui outras vantagens, a exemplo da eficiência. O veículo elétrico roda 100 quilômetros por um valor menor quando comparado a outros combustíveis. Evita a poluição sonora, pois não emite sons, e pode ser mais prático, já que o motor elétrico possui menos peças e ocupa um espaço menor no carro. Todos esses fatores combinados contribuem no estímulo à consciência ecológica e no investimento em iniciativas ‘verdes’.  

Inovação em andamento 

O projeto de P&D abrange também a criação de softwares que irão colaborar para a gestão e uso do Corredor Verde. Os motoristas poderão acessar um aplicativo no qual apresentará informações sobre reserva de veículos, localização das estações e pagamento. O sistema para gestão dos eletropostos contará com dados das estações de recarga e definição de tarifas dinâmicas.  

Além disso, a empresa está em andamento com um laboratório de experimentação criado para analisar cenários de eventuais tarifações que venham a ser cobradas dos usuários dos veículos em uma possível abertura dos eletropostos para o público em geral. “O nosso objetivo é tornar o Corredor Verde comercialmente viável, por isso o nosso projeto abarca modelos de negócios que contemplem isso enquanto promove iniciativas sustentáveis para todos”, relata Brito.  

Mobilidade elétrica  

Em março de 2020, a Neoenergia passou a contar com a sua própria frota de veículos movidos a eletricidade para uso em atividades administrativas. Com isso, começou a disponibilizar carregadores elétricos em todas as bases regionais e administrativas da empresa, distribuídas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Norte.  

Os projetos de mobilidade elétrica desenvolvidos pela companhia abarcam ainda o investimento em um caminhão inteiramente elétrico para uso em serviços de manutenção da rede de distribuição, além da ampliação do sistema de eletropostos atendidos com energia solar, atualmente existente em Fernando de Noronha, de forma a garantir a fonte renovável de energia para recarga dos carros, e a qualificação da mão de obra local para manutenção dos veículos elétricos.  

As ações da Neoenergia estão alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela ONU. Dessa forma, busca desenvolver projetos e ações que contribuam com a qualidade de vida do planeta. Dentre os ODS, a companhia tem especial foco no número 7, voltado a levar energia acessível e limpa para todos e o ODS 13, que busca tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos.  

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