A chapa majoritária do PSOL com o PMN está definida para concorrer a sucessão estadual e ao Senado federal. Nesta quinta-feira (19), após convenção conjunta dos dois partidos, realizada no Centro do Recife, o nome do presidente estadual da legenda, Zé Gomes, foi ratificado para disputar o Governo do Estado. A coligação, intitulada Pernambuco Pelo Poder Popular, contará ainda com a advogada Viviane Benevides (PMN) para a vaga de vice, e de Albanise Pires (PSOL) para disputar uma vaga no Congresso Nacional. A composição, no entanto, não é consenso dentro das hostes do PSOL.
Isso porque uma ala da sigla é contra o alinhamento com o PMN e protestou no ato político que oficializou os nomes da majoritária. “Nós somos contra a aliança porque o PMN é um partido de aluguel. A ideologia deles é distinta da nossa. A maior bandeira deles é a questão religiosa, e nós somos contra o fundamentalismo religioso. No plano nacional, o PMN está alinhado a Aécio Neves (PSDB) e nós somos contra”, disparou Fabiana Onório, candidata a deputada federal por uma ala mais de esquerda do PSOL.
A militante, e o seu grupo, criticou ainda a forma antidemocrática como foi conduzida a escolha da composição. Segundo ela, a indicação dos postulantes partiu, restritamente, de uma ala da legenda ligada ao membro da executiva nacional, Edilson Silva, que é também candidato a uma vaga na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), e detém maioria do partido por filiar pessoas em massa e não por ideologia. “Não existe democracia dentro do PSOL”, lamentou Fabiana que promete recorrer, juntamente com os demais correligionários, à executiva nacional para rever a posição.
Divergências a parte, durante o ato, Zé Gomes afirmou que a sua postulação se diferencia de Paulo Câmara (PSB) e de Armando Monteiro Neto (PTB) por não estar no mesmo campo político que defende o formato de crescimento econômico que não traz desenvolvimento social. “Queremos mostrar que existe outra alternativa”, defendeu.