A Prefeitura da Vitória de Santo Antão deu início, na última sexta-feira (23/04), a ao programa Farmácia Viva. O objetivo é estimular a produção de plantas medicinais e fitoterápicos para ofertar como opção de tratamento nas unidades básicas de saúde.
O programa começou a ganhar forma neste mês de abril e conta com a instalação de um horto matriz, implantado no Parque de Exposições Municipal, no loteamento Conceição II. A intenção é que sejam cultivadas inicialmente 10 espécies de plantas medicinais, como o alecrim-pimenta, a hortelã de folha miúda e o chambá. Assim, será possível, em um futuro próximo, produzir 2 mil fitoterápicos por mês, os quais serão utilizados no tratamento de diversas condições de saúde na atenção primária.
Por meio do Farmácia Viva é realizado todo o processo da transformação da planta em medicamente fitoterápico, desde o cultivo da planta medicinal, passando pela colheita, a triagem, a secagem até a obtenção dos extratos. Além do horto matriz, também está prevista a implantação de canteiros nas unidades de saúde. Nestes locais, a população vai ter acesso a planta medicinal “in natura” com orientações adequadas para seu uso. Dois dos postos a receber o Farmácia Viva já foram escolhidos, o de Pirituba, na Zona Rural, e o do bairro de Conceição. À medida que a execução do programa for avançando, outros locais serão definidos.
“O momento inicial é de lançamento do programa, firmando importante compromisso entre a gestão municipal e à população, que será beneficiada com mais esta opção de tratamento. Esperamos em breve iniciarmos a entrega de plantas medicinais e fitoterápicos à população vitoriense”, avalia René Duarte, professor da Universidade Federal de Pernambuco, que atua como parceiro da prefeitura na gestão do projeto.
Todo o trabalho será realizado em parceria com várias instituições de ensino da cidade. A UFPE terá a função de formar os profissionais que atuarão junto ao Farmácia Viva, enquanto o IFPE dará o apoio técnico em cultivo e beneficiamento de plantas. A UNIVISA, por sua vez, ficará responsável por manipular os fitoterápicos em sua farmácia escola, já a UNIFACOL apoiará o trabalho de campo.
O programa também possibilita a compra, pela Prefeitura, de fitoterápicos industrializados, para distribuir aos vitorienses, dentre eles a aroeira e o xarope de guaco. “Com o Farmácia Viva, conseguimos garantir mais uma possibilidade de opção de tratamento terapêutico para a saúde dos vitorienses, sendo uma alternativa mais natural e próxima da cultura popular”, comemora o Secretário de Saúde, Eudes Lorena.
A unidade do Farmácia Viva recebeu o nome em homenagem ao dentista Dr. Fausto Ribeiro Tenório. “Além desse projeto ser importante pelos benefícios que trará a população também ganha relevância por homenagear um vitoriense que tanto contribuiu para a cidade, como Dr. Fausto”, pontua o prefeito, Paulo Roberto.
“São projetos como esses que a cidade precisa. Com uma parcela de incentivo da prefeitura e com os esforços de todos os envolvidos, agora podemos dizer que temos um programa referência nacional, mas que com o empenho de Paulo Roberto, Vitória demonstra e continuará demonstrando seu valor. O Farmácia Viva envolve muitas entidades, estudos e amor pela causa, apenas com o objetivo de cuidar da saúde das pessoas de forma acessível”, destacou o deputado Joaquim Lira.
O programa Farmácia Viva é financiado por meio de edital do Ministério da Saúde/Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde e as ações desenvolvidas no município contam com a participação de importantes órgãos da gestão municipal como as Secretarias de Saúde e Agricultura e a Agência de Meio Ambiente (AMAVISA).