A situação do banco de sangue da Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope) é delicada, segundo a instituição. Com falta de sangue de todos os tipos, a fundação pede a colaboração da população. Só que, neste período em que o mundo tenta combater a COVID-19, doença transmitida pelo novo coronavírus, os cuidados têm de ser redobrados. Até esta sexta-feira, 31 casos foram confirmados no estado.
A gerente do hemocentro, Lésbia Sitkovisky explicou que o estoque está crítico. “O que a gente coleta, sai no outro dia. A gente está com uma orientação de só atender os setores de urgência e emergência, mesmo assim a gente precisa drasticamente melhorar o estoque”.
Segundo Lésbia, neste período do ano sempre ocorre uma queda no número de bolsas de sangue no estoque. Mas diz que a grande preocupação é com o efeito da pandemia.
“É normal que exista uma redução no estoque. A gente começa a trabalhar, faz campanha. As pessoas orientadas a não sair de casa, os funcionários estão em home-office. Manter o fornecimento e o atendimento em uma unidade de saúde está virando um exercício de guerra”.
No entanto, apesar de reconhecer que é preciso aumentar a quantidade de sangue no estoque, o Hemope está convocando doadores, mas adotando uma espécie de moderação. Quem chega para doar sangue, é colocado em uma cadeira sim e a outra não, para que se mantenha a distância de um metro, recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Do lado de fora do Hemope, há um toldo com cadeiras para atender as pessoas e, assim, tirá-las do ambiente fechado. Todo doador que chega, é orientado a lavar as mãos.
Outro pedido do Hemope é que o doador vá sozinho, sem acompanhante, especialmente crianças ou pessoas maiores de 60 anos. Quem teve contato recente com pessoas que tiveram sintomas da doença ou que viajaram não deve ir doar. Para mais informações, o Hemope oferece o número 0800 081 1535.
G1 Pernambuco