Sindaçúcar anuncia doação de 55 mil litros de álcool 70% para combater novo coronavírus

O Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool do Estado de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), informou, nesta sexta-feira (20), que vai realizar – junto com as indústrias associadas – a doação de 55 mil litros de álcool 70%, tido como um dos principais produtos combativos à Covid-19, doença transmitida pelo novo coronavírus. Até esta sexta-feira, 31 casos foram confirmados no estado.

Segundo o comunicado do Sindaçúcar, a entidade espera que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspenda o bloqueio da comercialização do álcool 70% em supermercados. Por ser um produto com alto poder de combustão, o álcool 70% saiu das prateleiras dos supermercados em 2002 para prevenir acidentes.

Apenas o álcool com graduação até 54 GL (46%) permaneceu. O álcool 70% é vendido em farmácias e hospitais. Ou seja, a produção não é feita em larga escala para atender à nova demanda com a propagação do novo coronavírus.

Em Pernambuco, um total de 11 empresas produzem o álcool 70%, que tem a concentração recomendada para desinfecção e esterilização de superfícies. O governo de Pernambuco está providenciando as embalagens para que a substância seja doada.

“Pernambuco é um estado produtor de etanol e, nos últimos 12 anos, essa é uma das melhores safras, com mais de 440 milhões de litros sendo produzidos e ainda há uma usina em operação”, disse Renato Cunha, presidente do Sindaçúcar.

De acordo com Cunha, para se ter uma ideia da produção necessária por conta do combate ao novo coronavírus, uma única usina trabalhava para engarrafar o produto em três dias por semana, oito horas por dia. Agora, esta mesma unidade está se preparando para trabalhar durante três turnos, todos os dias da semana.

“Foi uma surpresa. Essa produção significava para a gente menos de 1%. O álcool a 70% era inexpressivo na produção, o que a gente vendia era o álcool 46%, que é o álcool doméstico. No álcool a 70%, a gente nem conseguia concorrer com o que vinha de fora”, disse Jorge Petribu, dono da usina.

“Agora está mudando. Não representa um volume grande, mas hoje é uma procura que praticamente não temos condições de atender”, completou Petribu.

G1 Pernambuco

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