Competição, que vai de hoje até o dia 25, será realizada no Estado
Prometendo charme e muito show de bola, a IV edição da Copa Libertadores de Futebol Feminino 2012 começa hoje e segue até o próximo dia 25, reforçando o crescimento do futebol entre as mulheres. Este ano, pela primeira vez na história, o evento deixou o estado de São Paulo e mudou totalmente de ares, aportando em Pernambuco. A mudança, encabeçada pelo presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, está sendo encarada como um divisor de águas no âmbito local da modalidade.
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Taboquitas, como são carinhosamente conhecidas as meninas do Tricolor, têm tudo para fazer bonito na competição. |
Pernambuco é hoje um dos destaques nacionais no futebol feminino graças ao Vitória, time de Vitória de Santo Antão, que revolucionou o panorama estadual quando abriu os cofres para investir mais nas mulheres do que nos homens. Além da Capital e do próprio município de Vitória, Caruaru, no Agreste pernambucano, também receberá jogos, abrigando o Grupo B.
Sede oficial do evento no Recife, o Estádio dos Aflitos será o palco dos primeiros atos da Libertadores 2012, com a cerimônia oficial de abertura seguida dos dois jogos inaugurais do Grupo A. Jogarão hoje Deportivo Quito (Equador) x Formas Íntimas (Colômbia), às 16h; seguido de Foz Cataratas (Brasil) x Universidad Santa Cruz (Bolívia), às 18h.
País de onde surgiram Marta, Cristiane e companhia, nada mais justo que o Brasil aparecesse entre os favoritos ao título continental. Os clubes nacionais, por sinal, têm domínio absoluto da competição, com dois títulos para o Santos (SP), em 2009 e 2010, e um para o São José (SP), no ano passado. Nesta temporada, o País estará representado pelo atual campeão, além do Foz Cataratas (PR), campeão da Copa do Brasil 2011, e do Vitória (PE), indicado pela nação sede.
No total, a Libertadores terá a presença de 12 clubes, classificados através dos campeonatos nacionais dos países da América do Sul. O formato da competição começa com três grupos, de onde apenas os primeiros colocados e o melhor segundo lugar de todos passam para o mata-mata.
Preterido por alguns, ainda sob certo preconceito, o futebol feminino, em alguns países, vive entre a ascensão técnica e tática e a dificuldade em encontrar visibilidade e recursos financeiros. O cenário, no entanto, promete ganhar novos contornos internacionalmente. Membro do Comitê Executivo e do Comitê de Futebol Feminino da UEFA, a norueguesa Karen Espelund revelou que a entidade está tomando iniciativas para dar grandes passos na modalidade e atrair mais atenção para o esporte. Apesar de ter a melhor jogadora do mundo na modalidade e figurar entre as principais seleções do mundo, o Brasil ainda se reparte em relação ao investimento na modalidade. Nos próximos dez dias, porém, será o momento de passar por cima das dificuldades e aproveitar os holofotes para realizar da melhor forma o papel de protagonista.
Da Folha de Pernambuco