O pernambucano vai terminar o ano mais conectado. É que os últimos meses marcaram a expansão da tecnologia 4,5G no Estado – rede de internet móvel que oferece velocidades até dez vezes maiores que o 4G convencional sem nenhum custo adicional para o cliente. Tanto que cerca de 50 cidades pernambucanas já têm acesso à tecnologia.
Também chamado de 4G+, o 4,5G oferece mais velocidade de conexão porque agrega várias faixas de radiofrequência. “Ao combinar diferentes faixas, aumenta-se o tamanho da banda e, consequentemente, se ganha uma significativa melhoria na troca e volume de informações trafegadas”, explicou o gerente de engenharia da TIM, Homero Salum.
Por isso, o 4,5G só começou a ser implantado no Brasil após o desligamento do sinal analógico de televisão, que liberou a faixa de 700MHz para a telefonia. “Com isso, as teles passaram a agregar a ‘nova’ faixa ao sistema, evoluindo para o LTE Advanced – nome técnico do 4G+ ou 4,5G”, acrescentou Salum, destacando que a Tim foi uma das primeiras a disponibilizar a rede e, por isso, já oferece o 4,5G em 48 cidades de Pernambuco.
Com o sucesso da empreitada, as demais operadoras também passaram a investir no 4,5G. E, hoje, a tecnologia já é oferecida pelas principais teles do Estado. É que a Oi passou a oferecer o serviço neste fim de ano para fazer frente aos concorrentes, que, por sua vez, têm ampliado a abrangência do 4,5G.
“Investimos para a rede ficar mais robusta e o cliente ter uma melhor experiência, com mais velocidade de tráfego”, contou o diretor de varejo da Oi no Nordeste, Eneias Bezerra.
Ele disse ainda que esse investimento está dentro dos R$ 140,7 milhões aplicados em Pernambuco neste ano e melhorou a conectividade do Recife, Cabo de Santo Agostinho, Jaboatão dos Guararapes, Olinda e Paulista. Cidades como Ipojuca, Tamandaré e Caruaru também podem desfrutar do 4,5G. É que a Claro aproveitou a chegada do verão para levar a tecnologia às cidades que mais recebem turistas no Estado, assim como a Vivo, que também disponibiliza a tecnologia em Gravatá e Vitória de Santo Antão.
“Estamos evoluindo porque o 4,5G facilita a vida do usuário, oferecendo mais franquia e conteúdo. Você pode, por exemplo, baixar um filme em 15 minutos e andar na rua vendo série em 4K. E isso fideliza o cliente”, afirmou o diretor regional da Claro, André Peixoto, explicando que o 4G oferece uma velocidade de 30 a 40 megabits por segundo, enquanto o 4,5G amplia essa banda para até 100 megabits por segundo.
Peixoto ainda disse que, pelo retorno que a empresa tem na ampliação do uso de dados, o investimento vale à pena. É que as telefônicas não precisam de novas antenas para entrar na rede 4,5G. Basta trocar os equipamentos das torres já existentes por estações mais modernas.
É preciso lembrar, porém, que nem todos os consumidores têm acesso ao 4,5G, pois o chip 4G não é suficiente para receber a tecnologia. O smartphone também precisa estar adaptado a este rede. E, hoje, só os aparelhos mais modernos como o iPhone 6S, o Moto G5 Plus, o LG G5 e o Galaxy A5 estão prontos para o 4,5G. “Com o telefone adaptado, porém, o cliente não precisa fazer nada, nem pagar nenhum adicional para receber o serviço”, afirmou Peixoto.
Ele ainda disse que mesmo quem ainda não tem esses smartphones de última geração tem melhorias na internet móvel com a chegada do 4,5G. “A modernização da rede móvel permite que todos os usuários consigam melhor qualidade de sinal e performance para navegar em velocidades superiores. É como construir uma nova estrada ao lado da que existia: melhora para quem trafega na nova, mas também para quem continua usando a estrada que já existia, pois o movimento diminui”, garantiu, lembrando que a tendência é que cada vez mais consumidores tenham internet móvel de alta velocidade nos próximos anos, com a expansão do 4,5G e até a chegada do 5G.
Folha de Pernambuco