Pernambuco investiga 18 casos de sarampo. Em novo alerta sobre as transmissões da doença no Brasil, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) atualizou a quantidade de casos suspeitos e descartados no estado. Dos 63 notificados neste ano, 45 já tiveram o risco afastado. Entre os outros ainda em análise, estão cinco pessoas de uma mesma família, notificadas no fim de julho. Diante da forte possibilidade de confirmação desses registros, do grande fluxo de viajantes e da epidemia que ocorre na Venezuela, o estado alerta que o risco de reintrodução do vírus é elevada.
Em Pernambuco, os últimos casos de sarampo ocorreram entre 2013 (199) e 2014 (27), além de um caso importado em 2012. Anteriormente, o último registro tinha sido em 1999, com 240 casos. Em 2018, não há, até o momento, nenhuma confirmação. Porém, o alerta está aceso, sobretudo desde o último dia 30 de julho, quando a SES recebeu de dois pacientes com quadro sugestivo para a doença. Um deles é de uma menina de dois anos, que apresentou sintomas como febre, manchas vermelhas na pele, coriza, dor nos olhos e nas articulações, entre os dias 25 e 26.
Os outros são: um homem de 27 anos, tio da criança, que havia viajado para Manaus, no Amazonas, um dos locais com vírus circulando; um adolescente de 13 anos e uma jovem de 19 anos, também parentes da criança; além de uma mulher de 42 anos, funcionária da família. Todos eles apresentaram sintomas compatíveis. Amostras clínicas coletadas foram encaminhadas para a Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, para confirmação laboratorial das suspeitas. Em Pernambuco, a recomendação é de que os casos suspeitos sejam notificados de forma imediata pelos serviços de saúde. Em nota, a SES informou que, independente do resultado laboratorial, todas as ações de vigilância e controle foram executadas durante a investigação desses casos. E reforçou a importância da vacina em dia.
Diario de Pernambuco