“Comparando com o mesmo período de 2016 temos menos municípios em situação de risco de epidemia. Mas aqueles em risco estão com índices bastante elevados. O risco de surto é quando se tem índice de infestação acima de 3,9. Tivemos casos de cidade com Liraa 23,3”, relatou a coordenadora de arboviroses da SES, Claudenice Pontes. Isso significa que, a cada 100 casas, 23,3 apresentaram focos do vetor de zika, dengue e chikungunya.
Chama a atenção infestação em João Alfredo (23,3), São José do Egito (22,6), Sertânia (15,5), Terezinha (15,5) e Altinho (13,5). No Grande Recife, as localidades com Liraa superior a 3,9 são Camaragibe, Chã de Alegria e Abreu e Lima. A Capital está em alerta com índice 1,2 e tem um bairro com risco alto de surto – Várzea, com 6,6.
“Não estamos observando aumento de casos nessas localidades que estão com índice elevado, mas basta algumas transmissões para que haja uma epidemia sustentada. Precisamos intensificar a ação de controle nesses municípios”, alertou Claudenice.
O Estado realiza o apoio às cidades no combate, porém, prefeituras e população também precisam se empenhar na guerra contra o mosquito. “É nesse momento, principalmente, nesses municípios com aumento de risco de surto, que a população deve colaborar. Observamos que grande parte dos criadouros está em pequenos depósitos intradomiciliares.”
O Liraa ainda apontou que outras 60 cidades estão em situação de alerta, 45 tiveram avaliação satisfatória e 19 não informaram o resultado do levantamento. De 1º a 21 de janeiro último foram notificados 309 casos de arboviroses – 191 de dengue, 94 de chikungunya e 24 de zika.
Nenhuma morte suspeita foi documentada. Sobre a Síndrome Congênita do zika foram reportados 11 casos suspeitos. E 15 gestantes apresentaram sintomas de infecção por arboviroses sem confirmação da microcefalia intraútero.
Folha de Pernambuco