Filiações para 2014 só podem acontecer até 4 de outubro. André Campos pode migrar do PT para o PSB (Foto: Peu Ricardo) |
O mês de setembro vai ser definitivo para as lideranças que querem consolidar seus projetos políticos para 2014. A Justiça Eleitoral determina que quem quiser concorrer a um cargo eletivo, tem que se filiar até um ano antes da eleição. Por isso, quem estiver pensando em trocar de legenda precisa oficializar a filiação até o dia 4 de outubro.
Em Pernambuco, ainda existe uma indefinição de como se dará o cenário majoritário no próximo ano, o que está refletindo na decisão daqueles que estão em busca de uma nova sigla. A expectativa da maioria dos partidos é intensificar as filiações nos últimos 15 dias de setembro. Alguns presidentes estaduais ouvidos pela Folha de Pernambuco resistiram em revelar como estão as negociações, mas nos bastidores as especulações são muitas.
A Frente Popular de Pernambuco, que tem um amplo número de legendas, poderá ter um troca-troca partidário, já que o grupo pode ficar dividido na eleição do ano que vem, com a possibilidade da candidatura do senador Armando Monteiro Neto (PTB), que deverá enfrentar um nome indicado pelo governador Eduardo Campos (PSB).
A bancada do PTB na Assembleia Legislativa pode sofrer duas baixas com a saída dos deputados estaduais Clodoaldo Magalhães e Marcantônio Dourado. A expectativa é de que os petebistas migrem para o PSB do governador Eduardo Campos, que deverá ter uma chapa cheia de nomes competitivos. Por outro lado, o PTB vai filiar o ex-prefeito de Limoeiro Ricardo Teobaldo, que vai deixar o PSDB. Ainda nos bastidores, parlamentares acreditam que o deputado André Campos, do PT, também deverá trocar sua legenda pelo partido do governador Eduardo Campos. Ainda vai engrossar as fileiras do PSB o ex-deputado federal Edgar Moury Fernandes (exPMDB).
Há uma especulação de que o deputado federal Roberto Teixeira também ingresse no partido e deixe o PP, já que sua relação com Eduardo da Fonte (PP) estava balançada. Procurado, Teixeira disse que já fez as pazes com correligionário e vai permanecer na legenda. Quem também poderá deixar seu partido é o deputado estadual Cleiton Collins (PSC). O social-cristão não está se sentindo confortável no partido há algum tempo, alegando falta de espaço na sigla. O deputado poderá migrar para o PP, mas ressaltou que vai continuar insistindo no diálogo interno no seu atual partido.