Enquanto os policiais e bombeiros militares ainda negociam um possível reajuste salarial com o Governo do Estado, a Polícia Civil comemorou a publicação de um projeto de lei complementar que aumenta progressivamente os vencimentos e reestrutura o plano de cargos e carreiras de alguns servidores. Delegados, peritos criminais e médicos legistas foram contemplados.
Entre as várias demandas estão novas regras para a promoção dos agentes e delegados, assim como o fato de que a remuneração da categoria se dará sob a forma jurídica de subsídio. O aumento, seguindo o acordo, acontece neste mês e também está previsto para 2018.
Na prática, o salário base de um delegado de primeira classe, por exemplo, passa a compreender R$ 15.452,07, valor que subirá para R$ 17.769,89 no próximo ano. O delegados especiais receberão mais de R$ 19 mil. Com o reajuste em 2018, essa categoria terá salários que passarão dos R$ 26 mil.
Já os peritos criminais e os médicos legistas tiveram os salários reajustados para R$ 4.578,82. Essas classes terão três aumentos. Isso porque daqui a um ano receberão mais 6% em cima do valor atual. E em dezembro de 2018, serão contemplados com mais um reajuste, que ficrá na entre os 5% e 10%.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (Sinpol-PE), Áureo Cisneiros, avalia que o projeto de lei foi uma conquista satisfatória, mas podia ter sido mais expressiva. “Não foi o ideal, mas foi o que foi possível num momento de crise. A gente conseguiu porque foi consequência de dois anos de muita luta de paralisações, de denúncias”, afirma, avisando ainda que a corporação já tem outros objetivos para 2017. “Vamos focar nas condições de trabalho”, revela.
Questionado sobre o porquê de o reajuste da PC ter sido homologado e o da Polícia Militar ainda não, o secretário de Adminstração, Milton Coelho, disse que não comentará o aumento da Polícia Civil enquanto as negociações com a PM estiverem em andamento.
Folha de Pernambuco