Os produtores do setor sucroenergético de Pernambuco ligaram o sinal de alerta após observarem que os últimos meses registraram entre 5 e 9 milímetros de chuva na Zona da Mata do Estado. A seca fez com que o Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool (Sindaçúcar) revisse a previsão dos resultados da safra 2016/2017, que está em vigor.
O patamar de moagem total de 13 milhões de toneladas de cana deverá sofrer ajuste para em torno de 12,2 milhões, cerca de 5% a mais em relação à safra 2015/2016, que já foi uma das mais baixas dos últimos anos, quando foram moídas 11,6 milhões de toneladas.
“Nós estamos em estado de alerta à espera de chuvas nos meses de janeiro e fevereiro para não comprometer a safra”, afirmou o presidente do Sindaçúcar, Renato Cunha. A situação preocupa também em relação à safra 2017/2018, já que, segundo Cunha, a ausência de chuva é insuficiente, inclusive, para ajudar na brotação das canas recém-cortadas. “Nas áreas em que a cana já foi cortada e que ficaram os brotos, é preciso que chova para agilizar o crescimento da plantação”, comentou.
Ainda assim, Renato destaca que a rapidez da moagem atual está melhor do que na safra passada. Em 30 de novembro deste ano, as 15 usinas em atividade já haviam sido moídos 7,5 milhões de toneladas, com produção de 639,7 mil toneladas de açúcar e 199,5 milhões de litros de etanol. Enquanto que, no ano passado, as 18 unidades em operação haviam moído 6,5 milhões de toneladas de cana, com produção de 516,8 mil toneladas de açúcar e 170,51 milhões de litros de etanol.
Folha de Pernambuco