Peritos criminais e médicos legistas pretendem fazer uma paralisação de 12 horas nesta quarta-feira (16). O ato, que deve ocorrer entre 7h e 19h, vai afetar o atendimento em delegacias da Polícia Civil e no Instituto de Medicina Legal (IML). De acordo com a Associação de Polícia Científica de Pernambuco (Apoc-PE), o objetivo é reivindicar um aumento salarial para a categoria. Se não forem recebidos pelo Governo do Estado para negociar, os servidores dizem que farão uma nova assembleia, à noite, para radicalizar o movimento.
No IML, os serviços não devem parar, mas a liberação de corpos ficará mais lenta, segundo a Apoc-PE. Já no Instituto de Criminalística (IC) e outras instalações onde peritos atuam, devem ser paralisadas atividades como as relacionadas à balística e à informática. O atendimento a acidentes de trânsito só será feito se houver morte da vítima. Já a presença de peritos em ocorrências de flagrantes e no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) será mantida.
“Com agentes de polícia, correlatos e delegados, o Governo negociou aumentos até 2018, e, estranhamente, deixou de fora peritos criminais e médicos legistas. Nossa luta é para ter um tratamento igual”, afirma o presidente da Apoc-PE, Enock Santos, dizendo-se preocupado com a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55 (ex-241), que limita gastos públicos nos próximos 20 anos. “Com aumentos congelados, podemos ser prejudicados. A Secretaria de Administração tem até o dia 20 para receber propostas. Por isso, não temos muito tempo. Se não formos atendidos pelo secretário, partiremos para uma radicalização”, declara Santos.
Folha de Pernambuco