A Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco – Condepe/Fidem divulgou nesta quinta-feira (6/10), durante entrevista coletiva, o relatório com dados do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado referentes ao segundo trimestre do ano, onde se evidenciam sinais de recuperação da economia. O documento mostra uma elevação real de 0,5% na comparação com o primeiro trimestre de 2016, considerada a série com ajuste sazonal. Na comparação com o segundo trimestre do ano passado, a queda é de 3,5%. Em valores correntes, o PIB do segundo trimestre de 2016 alcançou R$ 38,5 bilhões.
“O cenário atual da economia pernambucana é de estabilização e aponta para uma retomada do crescimento, que deve ocorrer realmente em 2017”, acentua o presidente da Agência Condepe/Fidem, Flávio Figueiredo. Dos três setores econômicos que compõem o PIB, a indústria foi o que apresentou o melhor desempenho, com um crescimento de 8,8% com relação ao primeiro trimestre do ano.
O diretor executivo de estudos e pesquisas da Agência Condepe/Fidem, Maurílio Lima, explicou que o desempenho positivo foi impulsionado pela melhoria nas indústrias da transformação e da construção civil. “Houve uma reação na área de construção civil, que mais contrata mão de obra”, registra Lima. O setor de serviços registrou um aumento de 0,8% e na agropecuária os índices mostram que houve um decréscimo de 4,1%. Com relação ao setor de serviços, maior vocação econômica de Pernambuco, comenta o gestor, os dados mostram que o empresariado voltou a investir no mercado, porém o consumidor ainda não confia para voltar a consumir como antes. “Mas a tendência é melhorar e retomar o crescimento”, avalia. O decréscimo na agropecuária deu-se principalmente a fatores climáticos que afetaram tanto as lavouras quanto a pecuária.
Flávio Figueiredo afirmou que o aumento da credibilidade por parte do empresariado na economia pernambucana deve-se especialmente à atual política de austeridade adotada pelo Governo do Estado. “Estamos mantendo o custeio e investindo na construção de escolas, por exemplo. Para este ano está previsto um investimento de R$ 1 bilhão, além disto está prevista a chegada de vários empreendimentos públicos e privados. A tendência é a de mantermos este ano estes índices econômicos e no próximo voltarmos a um crescimento real”.
NACIONAL – O Brasil teve um decréscimo de 0,6% no PIB do segundo trimestre de 2016 na comparação com o primeiro trimestre, considerada a série com ajuste sazonal, e de 3,8% se comparado ao mesmo trimestre no ano anterior. Os números pernambucanos também são positivos diante de outros Estados que avaliam o PIB através da metodologia sazonal, adotada pelo IBGE, entre eles a Bahia (- 3,7) e Minas Gerais (-2,8).
Foto: Douglas Fagner/Seplag