Precipitação desta terça (24) causou alagamentos nas ruas da cidade.
Desde o início da manhã desta terça (24), a chuva não deu trégua no município de Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata Sul pernambucana. Vias importantes da cidade, como a Avenida Maria Amália, ficaram completamente alagadas e complicaram a mobilidade dos moradores do município.
De acordo com a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), foram 91milímetros (mm) de precipitação nas últimas 24 horas, volume esperado para 19 dias. O valor é equivalente a 66% do esperado para o mês de maio no município, já que, normalmente, são esperados 138mm para o mês de maio no município.
Segundo o meteorologista Roberto Pereira, da Apac, um alerta de chuvas já havia sido emitido para esta terça (24), mas somente para o Recife e a Região Metropolitana (RMR). Na quarta (25), a expectativa é de diminuição do volume. “Amanhã, deve ter chuva principalmente no turno da manhã, mas deve diminuir a intensidade ao longo do dia”, explica o meteorologista Roberto Pereira.
Apesar do alerta, a população não esperava tantos estragos na cidade. Segundo o professor Romário Cavalcanti, morador do município, escolas e comércio não conseguiram abrir as portas devido aos alagamentos. “Moro próximo à Avenida Mariana Amália e não consegui sair de casa para trabalhar”, reclama.
Também residente em Vitória, a moradora Andreza Damasceno se assustou com o volume acumulado de água. “Os bairros do Centro da cidade estão todos alagados. A minha casa não alagou porque eu moro numa parte alta, mas as pessoas que moram no Centro estão muito prejudicadas”, conta a moradora.
Falta de recursos
De acordo com a Prefeitura de Vitória de Santo Antão, o problema do Centro da cidade está relacionado a um canal que corre sob a Avenida Mariana Amália e que recebe água da chuva de todos os pontos altos da cidade. Com o volume acentuado de chuvas registrado nas últimas horas, o problema se agravou.
Por meio de nota, a Prefeitura também informou que há um projeto apresentado ao Ministério das Cidades de solicitação de verba para solucionar o problema. Entre as obras previstas está a drenagem do Rio Tapacurá, que corre dentro da cidade, e o alargamento de uma ponte. Ainda de acordo com a nota, o município espera pelos recursos há dois anos.
G1 Pernambuco