“Que eu desorganizando posso me organizar”. A canção do pernambucano Chico Science descreve bem o novo momento que o diretório do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) de Vitória de Santo Antão atravessa. Passado o prazo de filiação e da janela partidária, a legenda foi anunciada de uma baixa. Zé da Juliana, que até então seria o pré-candidato a prefeito da sigla, comunicou ao partido sua saída. O empresário trocou o PSOL pelo PTB, formando aliança com Edmo Neves (PMN). Pego de surpresa, o PSOL tem agora a missão de se reorganizar para as eleições de outubro.
Coligar-se com alguém ou lançar um novo nome? Eis a questão. O momento exige ao partido bastante coerência, análise de possibilidades e, principalmente, diálogo com seus filiados. Tudo isso em curto espaço de tempo.
Nas redes sociais, filiados ao partido têm se posicionado de forma cautelosa. “As pessoas que nos acompanham e que estão tão surpresos quanto nós a respeito dos últimos acontecimentos políticos da cidade, vamos, no momento oportuno, nos posicionar sobre o assunto”, escreveu Helder Sóstenes, primeiro-secretário da legenda no município.
Para André Carvalho, vice-presidente municipal do partido e membro do #Aposente, com as mudanças algumas possibilidades se encerram e outras simplesmente despertam. “Acredito que as razões que devem motivar o PSOL no município é uma ideia coletiva de cidade e o fortalecimento das instituições democráticas. E isso exige alguma consistência ideológica, especialmente numa cidade assenhorada há mais de 50 anos pelos mesmos grupos políticos”, declarou.