Cidade conhecida pelos engenhos de cana de açúcar, Vitória de Santo Antão, a 51 quilômetros do Recife, a partir de agora é considerada como Capital Pernambucana da Aguardente. O município recebeu o Título proposto pelo deputado estadual Joaquim Lira (PSD), que criou a Lei 15.697, aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado, na segunda-feira (21).
Para recomendar o projeto de lei Joaquim Lira tomou como base a antiga ligação existente entre as origens do derivado da cana-de-açúcar e a importante região da Zona da Mata do Estado, onde está localizado o município.
A bebida passou por diversos períodos da história, culminando com o período colonial compreendido entre a presença dos portugueses e a Insurreição Pernambucana, idos do século XVII, com o surgimento da Vila de Santo Antão, anos mais tarde, Cidade da Vitória. Fundada pelo português, Diogo de Braga, oriundo de Cabo Verde, possessão portuguesa, que chegou em terras pernambucanas, fixando-se com a família, marcando assim o embrião do povoamento da localidade.
Ao escrever o prefácio do livro República da Cachaça do pesquisador Pedro Ferrer, a presidente da Associação Pernambucana de Produtores de Aguardente de Cana e Rapadura – APAR, Margareth César Resende Pereira Lima, “menciona que em 1746, Vitória contava apenas com dois engenhos de açúcar. Em 1857 esse número já alcançava 89, o maior número entre todos os municípios do Estado.
A aguardente há tempos movimenta a economia das terras das tabocas, (como também é conhecida Vitória de Santo Antão pelo passado heroico, onde sediou a Batalha das Tabocas, em 3 de agosto de 1645). Tudo isso, fez com que houvesse uma grande concentração de pequenos proprietários rurais na região, sendo vencidos pelos maiores concorrentes, diante do crescimento e da demanda que o negócio representava no segmento sucroalcooleiro.
Na década de 30 nasceu o Engarrafamento Pitú, empresa genuinamente vitoriense, com o slogan “O Aperitivo do Brasil”. Superando os desafios, 77 anos depois de sua fundação a Pitú leva o nome de Pernambuco aos mais distantes rincões, tanto no mercado nacional, como no internacional, presente em vários continentes, seja América do Norte, Europa e Ásia.
Pena ainda faltar interesse dos governantes em transformar a cidade em uma cidade turística e fazer ela ganhar dinheiro e se desenvolver em cima disso.
Oficializou o título que Vitória já tinha, o de ”Terra da cachaça”. Provavelmente não vai mudar muita coisa na realidade da cidade.
Não gostei isso é maldição
Acredito que neste projeto seja mencionada também a aguardente Serra Grande e a importância dos engenhos no fabrico da aguardente mole ou de cabeça, que era vendida utilizando o sistema de porta porta e a entrega era em lombos de cavalos utilizando recipientes de madeira chamados de pipas. Tudo isso e outros detalhes, fazem parte desta história importante do nosso município.
Seria melhor q fosse cidade metropolitana, os vitorienses iriam ser mais beneficiados