85% das obras de Pernambuco estão paradas, diz Sindicato da Construção Civil

Cerca de 85% das obras de construção civil em Pernambuco estão paralisadas nesta segunda-feira (16), primeiro dia de greve do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e Pesada (Marreta). Ao todo, são 120 mil trabalhadores no Estado, que pedem reajuste salarial de 20%.

De acordo com a presidente do Marreta, Dulcilene Morais, equipes do sindicato fazem varredura nos canteiros de obras. “Fizemos uma assembleia às 7h e vamos fazer outra a partir das 12h, na sede do sindicato”, relata.

A decisão pela greve foi tomada na última quarta-feira (11), após o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (Sinduscon–PE) faltar as tentativas de negociação marcadas no Ministério do Trabalho, segundo o Marreta.

O presidente do Sinduscon-PE, Gustavo de Miranda, nega a informação. “Lamentamos muito [a decisão dos trabalhadores de entrar em greve], estávamos negociando e já não estávamos conseguindo nos resolver”, afirma, alegando que foi o Marreta quem decidiu “se levantar da mesa”.

Miranda afirma que a orientação do próprio patronato é de fechar os canteiros de obras, para evitar confronto com o sindicato, além de incidentes como vandalismo, intimidação de trabalhadores por parte do Marreta, entre outros. “Não haverá negociação com os funcionários em greve”, crava.

Para o presidente do Sinduscon, a greve só deve trazer mais problemas para a categoria. Segundo ele, a construção civil vai fechar o ano com mais de 30 mil demissões em Pernambuco e mais de 500 mil no Brasil. “É muito mais importante tentar segurar os empregos [em vez de subir os salários]”, opina.

Além de reajuste de 20%, o Marreta pede adicional de hora extra de 100%, não ampliação de jornada de trabalho para os sábados, vale alimentação no valor de R$ 200, e melhorias no café da manhã e almoço dos operários.

A proposta apresentada pelo Sinduscon, de acordo com o Marreta, foi de adiar a pauta de reivindicações para que seja discutida em março de 2016. O motivo, de acordo com o sindicato dos patrões, é a recessão econômica enfrentada pelo Brasil.

Informações do NE10

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