CNC e CDL divulgaram ontem uma previsão de queda nas vendas do período de 4,1%, o que tornará esse o pior Natal desde 2004 para o setor
Um Natal melhor que o Dia das Crianças e pior que o Dia das Mães. Essa é a expectativa da Confederação Nacional do Comércio e dos Dirigentes Lojistas. A primeira, divulgou ontem uma previsão de queda nas vendas do período de 4,1%, o que tornará esse o pior Natal desde 2004 para o comércio.
Já a CNDL também liberou ontem o resultado das vendas do comércio varejista no Dia das Crianças, que aponta uma queda de 8,95% em relação ao mesmo período do ano passado. O Dia das Mães, a segunda data mais importante do segmento, também teve queda neste ano com saldo de vendas de 0,59%. Juntos, os índices são um termômetro para o setor e mostram que é urgente buscar novas estratégias.
É isso o que Ricardo Galdino, presidente da Associação de Lojistas de Shopping de Pernambuco (Aloshop), defende. “Temos que correr atrás do prejuízo. Não adianta olhar essas pesquisas e cruzar os braços. O que as quedas de vendas dessas datas mostram é que os empresários precisam sair da zona do conforto”, afirma. Como fórmula, Galdino acredita que é essencial planejamento, treinamento e propaganda.
Rafael Ramos, economista da Fecomércio Pernambuco, concorda e enfatiza que as datas devem servir como um norte aos empreendedores locais e ajudar na racionalização dos investimentos dos próximos meses. “O Dia das Crianças, como é muito perto do fim do ano, deve ser bem analisado. Com base nele, já dá para se contabilizar o número de contratações que serão ou não necessárias para o Natal”, comenta.
Para ele, as mesmas dicas valem para quem comercializa produtos através da internet. “Nem o e-commerce deve fugir da queda. Se a demanda de varejo das lojas físicas começa a cair, isso também afeta a demanda da internet.”