Policiais civis planejam nova paralisação de 24 horas para a próxima quinta-feira

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Crédito: Arthur Mota/Folha de Pernambuco

Depois de entregarem formulários se negando a trabalhar no Programa de Jornada Extra de Segurança (Pjes), o Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol) e a Associação dos Delegados de Pernambuco (Adeppe) marcaram nova mobilização para a próxima quarta (8). A partir da 0h, apenas os plantões devem funcionar. Até os serviços no Instituto Médico Legal (IML) vão ser interrompidos. As manifestações integram a campanha da categoria, que reivindica melhores condições de trabalho, o que inclui aumento salarial e compra de novos equipamentos de segurança e reestruturação de delegacias e IMLs.

Na manhã desta quinta-feira (2), agentes, peritos, escrivães e até os delegados marcharam da rua da Aurora até o Palácio do Governo. Apesar da chuva, mais de dois mil profissionais de segurança, segundo o Sinpol, participaram da caminhada. A categoria fez paradas pontuais nas avenidas Cruz Cabugá, Conde da Boa Vista e na frente da sede da Polícia Civil. Em ato simbólico, os policiais depositaram o caixão do Pacto pela Vida na frente do Palácio do Governo.

“Os números de homicídios estão crescendo, ao contrário do que o Estado diz. A quantidade de assaltos a ônibus e a banco também. A categoria não aguenta mais trabalhar sobre uma longa jornada de trabalho e receber o pior salário do Brasil. O governador precisa negociar com a gente e parar de ficar mandando secretários que não resolvem nada. Aguardamos o agendamento de uma audiência com Paulo Câmara”, disse o presidente do Sinpol, Áureo Cisneiros.

No início da tarde, uma comissão formada por integrantes das duas entidades sindicais foi recebida pelo secretário-executivo da Casa Civil, Marcelo Canuto. Na reunião, “Canuto ressaltou a inteira disposição do Governo para a manutenção do diálogo com a categoria, a fim de chegar a um acordo”, conforme esclarecido em nota divulgada à imprensa.

O secretário também “detalhou o cenário de profunda retração econômica, em função da crise nacional, e o compromisso do Estado com a Lei de Responsabilidade Fiscal”, e reafirmou “o interesse do Governo no avanço dos pontos de pauta que não gerem impacto financeiro”.

Folha de Pernambuco

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