Apesar da ausência de representantes da Prefeitura e MPPE, vitorienses expuseram opiniões
A população de Vitória de Santo Antão discutiu na noite desta terça-feira (12), através de audiência pública da Câmara de Vereadores, o cenário atual do transporte público. Por mais de três horas, foi debatido o Transporte Municipal, Transporte Universitário e Escolar, Mototaxistas e aumento da frota de Táxi.
Apesar de terem sidos convidados, não compareceram representantes da Prefeitura, Ministério Público e proprietários de linhas de ônibus. Através de nota, que foi lida no início da sessão, a promotoria do município justificou a ausência por haver compromissos no mesmo horário.
A mesa foi composta por Hildebrando Lima, diretor da AGTRAN, André Carvalho, representante dos estudantes universitários, José Garcia, vice-diretor da UFPE – CAV, Alexandre Rogério, presidente do ADVISA, e Henrique Filho (PR), vice-prefeito, – que chegou minutos após o início. Dos onze vereadores do município, seis estiveram presentes: Geraldo Filho (SDD) – autor da proposta da audiência -. Saulo Albuquerque (SDD), Edmo Neves (PMN), Bau Nogueira (PSD), Novo da Banca (PSD) e Toninho Nascimento (PROS) – que chegou horas após o início.
O presidente da mesa, Geraldo Filho, ressaltou que a audiência tem como objetivo discutir sobre a situação do transporte, mas que o único e exclusivo poder de regulamentação por lei é do Poder Executivo.
O início da discussão foi sobre a acessibilidade nos transportes do município e intermunicipal. Alexandre Rogério cobrou melhorias para os usuários com deficiência. Em seguida, foi a vez do vice-diretor da UFPE Vitória expor a situação dos estudantes do campus que foram proibidos de utilizar o transporte universitário para a realização de estágios curriculares no Recife.
Ovacionado pelo público que acompanhava atentamente no plenário, André Carvalho apresentou reivindicações dos universitários. Apresentando fotos, foi denunciada superlotação e problemas físicos do transporte. “Sem tornar o ônibus um direito do estudante, a prefeitura deixa nossos olhos abertos para vermos os descasos a que estamos sujeitos, mas nossa boca amordaçada para não podermos reclamar”, declarou.
Após a fala do diretor da AGTRAN, que ressaltou que atuação do órgão depende de regulamentações, foi a vez de representantes dos Mototaxistas e Táxis Alternativos apresentarem suas opiniões. Dilson Lira, comentou a importância da utilização do serviço de mototáxi regularizado. Já Roberto Lima, cobrou a ampliação da regulamentação aos táxis. Segundo ele, os que ainda não possuem “placas vermelhas” enfrentam perseguições.
Aberto o microfone ao público inscrito, foi comentada a ausência da tabela de tarifa justa e regulamentação do transporte coletivo, além do sucateamento. Também foi questionado a criação do plano de mobilidade urbana. Os estudantes desabafaram os problemas enfrentados diariamente durante a ida ao Recife. O vice-prefeito comentou não ter autonomia na prefeitura para colocar em ação suas ideias.
Depois dos vereadores tecer seus comentários, o autor da proposta da audiência informou que o resultado da audiência será reunido em um relatório e enviado durante a semana para os órgãos responsáveis.