Lideranças do PT relativizam candidatura própria

Apesar de o deputado estadual Odacy Amorim (PT) se colocar à disposição do partido para disputar o Governo do Estado, lideranças da legenda ponderam que, antes de discutir nomes para a disputa, precisam debater a conjuntura política e qual a estratégia para a eleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Palácio do Planalto.

Presente ao lançamento da pré-candidatura de Odacy Amorim ao Governo do Estado, o ex-prefeito do Recife João Paulo afirmou que, na sua opinião, o centro da estratégia do partido deve ser a eleição de Lula. Além do deputado estadual, outras duas pessoas colocaram seus nomes para a disputa: Zé de Oliveira e a vereadora do Recife Marília Arraes.

“Eu acho que a primeira questão é que tem uma resolução do partido por uma candidatura própria. Então, o PT definiu no congresso estadual a candidatura própria. É lógico que até outra deliberação, que poderá ocorrer no próximo ano, porque o PT vai ter que discutir mais profundamente qual vai ser a conjuntura política e qual a melhor estratégia, a meu ver, o centro da estratégia tem que ser a eleição de Lula. Então, como uma das três candidaturas postuladas, como Zé de Oliveira, Marília ou Odacy vai dar uma contribuição melhor para a candidatura de Lula. Aqui não estamos falando só de nomes, estamos falando aqui e Odacy diferente das outras candidaturas, ele faz uma sinalização não só do nome dele, mas da necessidade de um programa para responder os grandes problemas de Pernambuco”, afirmou em coletiva de imprensa, nesta quarta-feira (13).

No entendimento do ex-prefeito, o nome, no caso se mantendo a decisão de candidatura própria, vai ser escolhido no futuro. João Paulo também enfatizou que o partido tem que definir a estratégia para ganhar a eleição com Lula. O segundo passo é a política de alianças que serão feitas. “O PT vai ter que fazer uma opção e uma política de alianças. Agora, qual vai ser a política de alianças possíveis no âmbito nacional com esse processo de polarização de radicalidade que o Brasil vive e qual vai ser a política de alianças possível aqui no Estado, é que isso não está definido ainda. Nem dentro do partido, nem no nacional”, afirmou.

Segundo o ex-prefeito, se inicia um novo processo nacional de conversas do PT com algumas siglas mais à esquerda, como PSB, PCdoB, PDT, PSOL e PSTU.

A defesa foi reforçada pelo integrante do diretório, Oscar Barreto. Segundo ele, a definição de um nome não é terminativa. “O presidente Bruno (Ribeiro) tem dito sempre que Marília se colocou como nome, mas nós não temos definido, essa pauta não é terminativa. A gente hoje, inclusive, tem o companheiro que tem que ser respeitado também internamente que colocou que éo Zé de Oliveira e tem essa liderança aqui candidata. Isso abre outro momento da vida partidária”, avaliou Barreto.

PSB
Sobre uma possível aliança com o PSB local, João Paulo frisou que, dependendo da estratégia nacional, “o PT vai ter que definir, primeiro, o que é melhor para eleger Lula”. “Nesse sentido o PSB não é mais aquele mesmo PSB passado. Houve um processo de rupturas internas. O PSB hoje tem uma postura mais à esquerda”, disse. “Porque a decisão do PT em Pernambuco vai depender do PT de Pernambuco. É importante que se diga. Acho que nós temos que ter a responsabilidade para estar em consonância com a estratégia que é eleger Lula. Então, não existe ainda uma definição ainda se vai compor”.

 

Blog da Folha

Foto: Anderson Stevens/Folha de Pernambuco

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