Frutas e legumes têm sido os vilões do orçamento

frutas-vegetais-supermercado-hortifruti-legumes-1406746434648_615x470A família brasileira tem sentido cada vez mais o peso dos custos com alimentação, mesmo para aqueles que evitam fazer refeições fora de casa. Em 2012, uma dona de casa gastava, em média, R$ 300 para fazer uma feira de frutas e verduras no Ceasa, composta de 18 itens diferentes. Hoje, essa mesma cesta custa R$ 700. Nesta reportagem, o Diario traz os dez itens, entre frutas e verduras, que tiveram maiores percentuais de aumento entre maio de 2014 e maio de 2015, segundo o chefe do mercado agrícola do Ceasa, Marcos Barros. Também há estratégias para reduzir os gastos nas compras.

Os motivos para os pesados reajustes de hortaliças e frutas são diversos. Estiagem, períodos de entressafra, disponibilidade de recursos hídricos, elevação do dólar que se reflete nos insumos agrícolas e aumento da demanda são os principais deles.

“A cebola tem sido a grande vilã  e os preços não devem baixar a médio prazo”, prevê Marcos Barros. O tomate também tem tido grandes oscilações. De acordo com a pesquisa mensal da cesta básica realizada pelo Dieese, foi um dos itens que mais pesaram na feira, com aumento de 43,09% entre abril e maio deste ano. “Em maio de 2015, o trabalhador que ganha um salário mínimo gastou 48,78% do vencimento com produtos da cesta básica”, afirma a supervisora técnica do Dieese, Jackeline Natal.

A economista doméstica e professora da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) Iêda Litwack ressalta que a maioria das hortaliças oscila muito de preço, com picos de alta e baixa. Por isso é importante variar o prato, pesquisar preços, buscar promoções e fugir dos itens que estão na entressafra. “Muitos estabelecimentos promovem dias com preços atrativos para frutas e hortaliças, como quinta-feira verde”, conta.

Outra dica é trocar as frutas e verduras mais caras pelas mais baratas que apresentam tonalidades semelhantes. A batata inglesa pode ser substituída, por exemplo, pelo inhame. “O ideal é que a família planeje seus cardápios de acordo com o calendário agrícola, o que pode inclusive fortalecer o consumo de produtos locais”, frisa.

Diario de Pernambuco

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